"O passado é uma ameaça. A memória é o porão da alma. Todo mundo tem um porão dentro de si. E todos nós temos medo de um porão. O dos outros e o nosso próprio. (...) É lá (...) que estão os nossos mortos que não morreram; os agonizantes que enterramos vivos; nossos fantasmas paralíticos, aleijados, homicidas, anormais, nossos fantasmas que trantamos com chave e cadeado, esquecendo de que não há paredes para fantasmas; e é lá que se esconde, sob um véu negro, nossa face deformada, nossa face vergonhosa, humilhada, selvagem, nossa voz que ninguém ouviu, nossas palavras que ningués escutou, nossos gestos que ficaram acorrentados no escuro." (Luiz Vilela, Tarde da Noite, 5ªed.)
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Memória
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