quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Deputado Marco diz que Globo deve respeitar valores éticos

Não será nada fácil. Enfrentar os demagogos de plantão de que, com certeza, a favor da máquina global que gera milhões as custas da "cultura", irão se manifestar usando como argumento: QUEREM DE VOLTA A CENSURA! De antemão já me pronuncio, SOU CONTRA A CENSURA. Esta é uma conquista do Estado Democrático de Direito. Todavia confundir democracia com anarquia é estupidez!
 
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Sobre a inconstitucionalidade do BBB

Como se vê, não é hora do MP, Judiciário e governo ficarem de joelhos perante a Rede Globo. No Brasil só temos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Não podemos deixar uma rede de TV mandar no país. De outro ângulo, na área cível, a família ou a mulher estuprada dentro da casa do BBB, se quisessem poderiam até processar a Rede Globo civilmente por danos morais em função de culpa in eligendo e culpa in vigilando da emissora, eis que a mesma escolheu mal os participantes do BBB e não monitorou o comportamento deles. Pela mesma razão, os patrocinadores do BBB também podem não só rescindir os contratos de patrocínio como exigir a reparação de danos morais e financeiros. Afinal, a emissora está levando a reputação das empresas para o brejo.
Por fim, semana passada uma participante do BBB disse que vai beber até cair. Na penúltima edição me parece que uma das participantes até desmaiou dentro da casa em função de bebedeiras. Daí que um internauta reclamou: “E a campanha ‘Beba com moderação’?” Ninguém vai fazer nada contra essa propaganda odiosa da Rede Globo de incitar o povo a beber exageradamente? O tratamento da cirrose é muito caro; o atendimento aos politraumatizados por acidentes automobilísticos causados por excesso de bebida também é muito caro. O SUS que já está falido, vai ficar pior ainda... E essa turma que bebe muito é presa fácil do tráfico de drogas...

observatoriodaimprensa.com.br
O BBB, da Globo fere a dignidade da pessoa humana – artigo 1, inciso III, da Constituição Federal. E, em havendo conflito entre dois direitos fundamentais, dignidade da pessoa humana x liberdade de expressão – artigo 5º, inciso IX, da Constituição Federal –, prevalece o primeiro.

BBB: a Constituição é letra morta?

Assumido em razão de lucro pecuniário: só as cotas de patrocínio rendem à Globo mais de R$ 100 milhões. Com a exploração dos intervalos comerciais, pay-per-view, merchandising, este valor certamente se multiplica algumas vezes.
Será que um concessionário de linhas de ônibus teria o direito de criar “atrações” deste tipo aos passageiros, para lucrar?
Intependente da responsabilização daquele rapaz, que depende de prova, há algo evidente: a emissora assumiu o risco, ao promover a embriaguez, a exploração da sexualidade, o oferecimento de “quartos” para manifestação desta sexualidade, a atitude consciente de vulnerar seus participantes a atos não consentidos. É irrelevante a ausência de reação da jovem, ainda que não por embriaguez. Se a emissora provocou, por todos os meios e circunstâncias, a possibilidade de sexo não consentido, é dela a responsabilidade pelo que se passou, porque não adiante dizer que aquilo deveria parar “no limite da responsabilidade”.
 
www.vermelho.org.br 
Ninguém tem nada a ver com o que fazem pessoas maiores fazem em sua intimidade, de forma consentida, se isso não envolve violência. Niguém tem nada a ver com o direito de pessoas expressarem opinião ou criação artística, independente de se considerar de bom ou mau gosto.

BBB ofende a Constituição

O BBB deveria ser proibido porque não representa nenhum ganho civilizatório, não oferece nenhum crescimento humano para quem o vivencia e para a coletividade que o aprecia e porque ele causa perdas inestimáveis aos esforços coletivos (familiares, escolares, republicanos) de desenvolvimento educacional. É aí que avontade individual precisa ser detida, é quando a vontade coletiva está sob ataque, quando ela é posta em risco, em ameaça, que o direito entra para frear, pois, do contrário, novamente para lembrar o Hobbes, prevalecendo a vontade individual desregrada, mergulhamos na lei do "cada um por si", no estado de natureza, na "guerra de todos contra todos".

BBB: vale-tudo e baixaria

O que iria deixar de existir seria o monopólio das informações nas mãos de três ou quatro grupos de comunicação (entre eles as Organizações Globo), o que favorece a manipulação da informação e a difusão de interesses privados, de poderosos conglomerados financeiros ou empresariais.
Está mais do que na hora do Brasil iniciar esta discussão. Alguns estados, como a Bahia, já estão ousando caminhar nesta direção ao constituir um conselho estadual de comunicação. O restante do país deveria seguir o exemplo.
Enquanto isso não acontecer o vale-tudo e a baixaria continuarão a afrontar a cidadania. O monopólio das comunicações continuará a manipular informações a seu bel prazer, transformando mentiras em verdades e disseminando uma espécie de pensamento único à serviço do grande capital, em especial em favor do capital financeiro. Algo que está longe de representar uma autêntica democracia.

BBB e educação

Existem duas normas que devem ser observadas por qualquer emissora de rádio ou televisão: Lei nº 4.117/62 – Código Brasileiro de Telecomunicações e Decreto nº 52.795/63 – Regulamento dos Serviços de Radiodifusão. Na primeira é expresso que as empresas de radiodifusão “estão subordinadas às finalidades educativas e culturais inerentes à radiodifusão, visando aos superiores interesses do País”. Na segunda, é expressa a obrigação de “manter um elevado sentido moral e cívico”. A partir dessas premissas, corre a notícia de que a Rede Globo pode ter suspenso o direito de transmissão.
O BBB representa um elevado sentido moral e cívico? A mensuração moral e cívica da nação brasileira é equivalente aos padrões éticos explicitados no BBB? Acredito que a nação brasileira merece e carece de programas positivos.

Porque o BBB tem que ser proibido

Porque o BBB tem que ser proibido | Brasilianas.Org 
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É que ele tem muitas ações na justiça contra a Veja que já está familiarizado com o Direito penal. Mas sobre o BBB. A Concessão da Globo deve ser cassada, o rapaz deve ser indiciado por estupro de vulnerável Art 213, atentado violento ao pudor art 214. o Pedro Bial deve ser indiciado por crime de l...

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Relógio e problemas


Eu queria saber quantas horas são necessárias para que o tempo passe e os problemas acabem.
Eu queria que os problemas se resolvessem, e eles se resolveram, mas agora surgiram outros que me atormentam igual. Será que eles nunca acabam? Sempre vem um atrás do outro?
Preciso de férias. Férias de mim mesma. Ir pra Itália, e, sozinha, comer e me entupir, beber e ver, e esquecer, e então lembrar que os problemas estão lá, não importa o quanto eu fuja deles.

Será que minha vó estava certa, afinal?

Meu pai me enviou um email com um artigo. O artigo dizia que as mulheres, quando envelhecem, percebem que a realização é poder investir nos próprios desejos. Uma senhora testemunhou: "Tudo ficou muito melhor com a idade. Fiquei mais segura, confiante e autêntica. Pena que descobri a liberdade de ser eu mesma tão tarde. Espero que minhas netas descubram o valor da liberdade muito mais cedo."
Acho, minha senhora, que isso realmente só se aprende com a idade. Porque eu realmente não sei do que você está falando.

Investi em três desejos a minha vida quase toda: sair de uma gaiola, entrar em outra e conseguir sozinha meu próprio alpiste. Hoje, penso que a solução da maior parte dos meus problemas será encontrada quando eu finalmente realizar meu terceiro desejo. Aí, sim, serei livre. Poderei fazer o que gosto e pagar para que façam o que eu não quero.
Mas não. Não é bem assim. Eu sei. Aparecerão outros. Eu só queria que os próximos problemas fossem menores.

Será que, na verdade, são pequenos e eu os faço grandes?
Provavelmente.
Então, o que vou fazer? Terapia? Senhor, me ajude!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Boicote às marcas que financiam o BBB

São elas:


  • AmBev (Guaraná Antarctica)
  • Fiat
  • Niely
  • Schincariol (Devassa)
  • Unilever (Omo)


  • Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2012/01/quantas-vezes-as-meninas-do-big-brother.html#ixzz1mGFVwhOu
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    Abaixo-assinado QUEREMOS O BIG BROTHER BRASIL FORA DO AR


    ...vimos por meio deste PEDIR a retirada do ar do Reality Show transmitido pela Rede Globo, chamado de Big Brother Brasil, pois entendemos que:

    Este programa não contribui para a boa formação de nossa sociedade, mas antes, pelo contrário, presta um desserviço público a nossa nação,uma vez que ele não atende aos PRINCÍPIOS determinados no Art. 221 em seu Caput e em seu inciso IV da Constituição Federal da República Federativa do Brasil, que diz: Art. 221 - "A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios": IV)"respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família"

    Portanto, a nossa Constituição Federal não admite que o aviltamento dos valores morais e éticos sejam transmitidos em rede nacional. Pelo menos não num veículo de utilidade pública, que deve ser usado para o bem comum e para cumprimento dos objetivos do Estado brasileiro.

    Logo, asseveramos que o Reality Show Big Brother Brasil, DEVE SER RETIRADO DO AR, pois, o mesmo:
    1. Divulga e promove desde de suas etapas de pré-seleção de seus candidatos e durante sua programação, a ética da exclusão;
    2. Promove e privilegia a mulher-objeto, fazendo com que suas participantes femininas sirvam tão somente de objetos de voyeurismo sexual de suas audiências;
    3. Incita e dá a entender que “pelo jogo” vale tudo, atentando contra todo tipo de ética estabelecida para as boas relações, no que diz respeito as conquistas de oponentes;
    4. Ajuda a alimentar a alienação da população com a sedução da ilusória participação telefônica;
    5. Não ajuda na formação de um povo consciente e cidadão de bons costumes e de boa índole.

    Diante do exposto, CONCLUÍMOS, pois, afirmando que este programa deve sair do ar e que esta é a nossa vontade, devendo haver notificação a CONCESSIONÁRIA para que no lugar deste programa nocivo a nossa sociedade seja transmitido programação que verdadeiramente contribua e sustente nosso Estado de Direito e valores. 

    Os signatários

    Assine em: http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2012N19293%20

    sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

    SOPA e PIPA


    NerdOffice - S03E02 - Brucutus, SOPA e PIPA


    SOPA e PIPA - O Fim da Internet Como Conhecemos?


    O que é SOPA e PIPA


    What SOPA and PIPA is
    "Salve the Internet - a pressão está funcionando!
    ASSINE A PETIÇÃO
    Para todos os membros do Congresso dos EUA:
    Como interessados cidadãos do mundo todo, buscamos seu apoio para a manutenção de uma Internet livre e aberta voto contra ambas PIPA e SOPA. A Internet é uma ferramenta crucial para as pessoas ao redor do mundo para trocar idéias e trabalhar em conjunto e para construir o mundo que todos nós queremos. Nós o incentivamos a demonstrar uma liderança mundial verdadeira e fazer todo o possível para proteger esse pilar básico de nossas democracias em todo o mundo."


    Link: http://www.avaaz.org/en/save_the_internet/?cl=1425589399

    S.O.P.A. = DITADURA digital


    Grupo Hacker lança site para denunciar a corrupção no Brasil


    Depois de derrubar sites de vários bancos, os hackers do Anonymous estão lançando uma nova ferramenta para mostrar alguns documentos que conseguiram armazenar ao longo se suas invasões dos últimos meses. Conforme mostrado no perfil do Anonymous Brasil no Twitter, trata-se do Corrupção Leaks uma página colaborativa que pede o apoio de todos os internautas.
    Segundo o próprio site, todos aqueles que tiverem denúncias devem entrar em contato com os responsáveis pelo Corrupção Leaks e enviar as sugestões – mas são exigidas provas concretas sobre os temas que estão sendo abordados. Para quem quiser anonimato no envio das denúncias, o Anonymous disponibiliza um serviço chamado AnonMail. Você pode acessar o site por este endereço: http://www.corrupcaoleaks.org.

    Tentativas de colonizar a Internet sofrem fracasso


    A Europa está tornar-se num palco de greves dos usuários contra o Acordo Comercial Anticontrafação (ACTA), tendo-se realizado ações de protesto na Polônia, Suécia e Eslovênia. Com os manifestantes solidarizam-se os hackers do famigerado grupo Anonymous que desmantela com êxito diversos recursos públicos.
    O processo de adoção do ACTA dura há já vários anos, recebendo apoio lobista, prestado por donos da propriedade intelectual, e, sobretudo, por corporações cinematográficas e estúdios musicais, especifica Evgueni Iuchuk, professor catedrático e perito em questões da luta concorrencial.
    – Neste domínio, poderão ser tomadas medidas drásticas. Primeiro, será endurecido o controlo aduaneiro dos portadores de informação como notebookes, telemóveis e outros dispositivos que possam conter os ficheiros contrafeitos. Se tais arquivos forem descobertos, o device será apreendido, devendo o seu dono pagar a multa. Além disso, será alargada a lista de direitos do controlo sobre os fornecedores de acesso à Internet. Há quem afirme que esta medida diz respeito àqueles que divulgam conteúdos ilegítimos. Mas, uma vez que existe o direito de seguir à risca o internet tráfico sob o pretexto de combate aos artigos contrafeitos, haverá múltiplas entidades que não faltem a uma excelente oportunidade de usufruir tal direito.
    Evgueni Polichuk está convencido de que as acaloradas críticas feitas ao ACTA têm sido fomentadas e financiadas por organismos que se enriquecem devido à pirataria informativa, visto que as restrições têm vindo a afetar o seu negócio. Um outro perito em matéria, Andrei Massalovitch, dirigente da empresa Dialog Nauka, considera que os processos negativos estão ser originados a um nível muito mais alto.
    O ACTA não é único no mundo que está a ser promovido por diferentes associações de detentores dos direitos autorais. Nos EUA continuam em exame os dois outros projetos – o SOPA e o PIPA que também têm sido alvo de fortíssimas críticas dos usuários. A vaga dos protestos alcançou tal patamar que o Senado norte-americano se viu forçado a cancelar o seu exame, adiantou Nassalovitch entrevistado pela VR.
    – Aquilo que se passa hoje na Internet eu não qualificaria de pequenas desavenças à volta  dos projetos SOPA, PIPA ou ACTA. Tudo isso, tomado em conjunto, constitui o processo que se designa de colonização da internet. Hoje em dia, várias potências mundiais que se alegam democráticas, descobriram mais um Estado – a Internet, cujo espaço não pertence a ninguém. Foi daí que surgiu o desejo de colonizá-lo e instaurar as suas regras do jogo. Os recursos informativos custam mais do que o ouro, sendo assim uma principal arena da luta. Por isso, no meu entender, tudo isso tem mais a ver com os serviços especiais e os seus cibertropas do que com a atividade de usuários.
    A  colonização da Internet não será posta em prática dentro em breve, dado que os usuários se empenham na defesa da sua liberdade de ação. Todavia, as tentativas legislativas de atender contra a teia mundial irão prosseguir, uma vez que o seu espaço e o Estado informativo com a população de mil milhões de pessoas é uma ótima praça de armas para a realização de guerras informativas. Tal é o nosso século – os que possuem informações podem vir a conquistar o mundo.

    Rede Global: a luta pelo "Sétimo Continente"


    Na terça-feira (7 de fevereiro) os usuários da rede global celebram o Dia Internacional da Internet Segura. Desta vez essa data é acompanhada pelo acalorado debate sobre a censura e a luta pelos direitos autorais e a liberdade de expressão na Internet. E as discussões acontecem nos níveis mais altos. Os analistas já falam sobre a luta pela re-divisão do "sétimo continente" ainda não conquistado. A Rússia celebra o Dia Internacional da Internet Segura com fóruns onde são planejadas conferências para a troca de experiências, e exposições.
    Os usuários comuns têm a Internet como parte da vida cotidiana, ao nível de eletrodomésticos – ao passo que, na realidade, há muito que o "continente virtual" se tornou parte dos interesses da alta política. Isto não é surpreendente: a “população” da rede global vem crescendo a cada ano, e com isso aumenta também a possibilidade de influenciá-la, diz um especialista em inteligência competitiva, professor Evgeny Yushchuk:
    – Inicialmente a internet se tornou um meio para os amantes da liberdade, das pessoas que ignoram muitas leis. Hoje na web são criados serviços eletrônicos estatais, o governo eletrônico – o que, na essência força muitas pessoas a usarem a rede global. Já as regras dos pioneiros da Internet entram em conflito com as regras da nova população.
    São diametrais as discordâncias nas opiniões sobre quais as leis que a população do mundo virtual deve se sujeitar. Tanto é que no encontro de cúpula da OSCE de Dezembro, em Vilnius, a secretária de Estado norte-americano Hillary Clinton apresentou uma Declaração sobre as liberdades fundamentais na era digital. Como disse Clinton, "liberdades fundamentais – liberdade de expressão, liberdade de reunião pacífica, liberdade de associação e religião – são aplicáveis à conversa no Twitter, uma reunião organizada por um grupo no Facebook, nada menos do que demonstrações públicas". A Rússia e outros países têm bloqueado o documento. O ministro dos Negócios Estrangeiros Serguei Lavrov classificou o documento como sendo um exemplo dos "padrões duplos".
    Ao mesmo tempo em que fala sobre os direitos na rede global Washington apresenta ao seu próprio Congresso os projetos de lei “antipirataria" SOPA (Stop Piracy Act Online) e Pipa (Protect Act IP). Essas leis permitem que, por determinação do tribunal, desativar qualquer recurso suspeito de distribuição de conteúdo pirata – mesmo se o proprietário do serviço não estiver envolvido com a distribuição. Já as autoridades aduaneiras têm o direito de inspecionar todas as mídias – laptops, telefones e outros dispositivos. Caso o arquivo seja suspeito será confiscado e o proprietário recebe uma grande multa. Uma lei semelhante é preparada pelos parlamentos dos países europeus. Apenas com nome diferente – ACTA (The Anti-Counterfeiting Trade Agreement).
    Leis como essas recebem o apoio de parte significativa das organizações que possuem os direitos de propriedade intelectual. Enquanto os usuários comuns da web, e empresas de Internet de grande porte como Google, Twitter e Wikipédia se opõem a estas medidas – as novas leis permitem às autoridades, sob o pretexto de procurar material pirata controlar toda a atividade de tráfego e usuário – e, de fato, estabelecer a censura na Internet. Quem vai controlar as ações das autoridades?
    Estes acontecimentos dramáticos – elementos do novo processo – Internet-colonialismo. Disso está convencido o especialista em investigação competitiva Andrei Masalovich. Alguns países querem controlar esse continente – e decidiram colonizá-lo instalando ali as suas regras do jogo. Hoje a informação, como recursos da Internet – é mais preciso do que ouro e petróleo. É justamente por causa deles que se desenrola uma verdadeira guerra.

    Ciberativismo foi responsável pela suspensão do Sopa, diz diretor do Wikimedia


    Enciclopédia online Wikipedia saiu do ar durante 24 horas em janeiro em protesto contra projeto, que foi retirado de votação no Congresso americano para "rever abordagem no combate à pirataria"

    Publicado em 09/02/2012, 17:45
    Última atualização às 18:09

      
    Ciberativismo foi responsável pela suspensão do Sopa, diz diretor do Wikimedia
    Kul Wadhwa: há uma revolução acontecendo (Foto: Cristiano Sant´Anna/indicefoto.com)
    São Paulo – Arquivados ao final de janeiro pelo Congresso americano, as propostas de lei Stop Online Piracy Act (Sopa) eProtect Intelectual Property Act (Pipa) – que tratam sobre o fechamento de sites que violariam a propriedade intelectual – só foram suspensas por conta do maciço protesto dos ciberativistas, avalia Kul Wadhwa, diretor gerente da Wikimedia Foundation, que dá suporte à enciclopedia online Wikipedia. Em 18 de janeiro, o site saiu do ar durante 24 horas em protesto contra a lei antipirataria, que abriria, segundo eles, portas à censura.
    "Esta é a primeira vez que a tecnologia tem o papel principal na mudança da opinião dos que legislam", afimou Wadhwa, durante palestra no evento de tecnologia Campus Party, que ocorre desde segunda-feira (6) em São Paulo. Antes da onda de protestos na rede, que mobilizou também outras centenas de sites (como o Google e Facebook, que seriam diretamente afetados) e blogs, cerca de 80 congressistas apoiavam o Sopa/Pipa, ante 31 que se opunham. Após esses eventos, os que se colocaram contra somaram 101 – com os indecisos, não incluídos anteriormente –, ante 65 de apoio.
    Outro tipo de projeto, o Anti-Counterfeiting Trade Agreement - Acta (ou Acordo Comercial Anti-Falsificação), também pode ameaçar o espaço livre da internet, segundo  Wadhwa. Suas diretrizes criminalizam a troca não comercial de arquivos pela internet, permitem intervenção na comunicação pessoal para se vigiar o que está sendo trocado e estabelecem penas para os supostos infratores. O Brasil declarou no ano passado, por meio do Itamaraty, que não irá aderir, ao contrário de países como Estados Unidos, Canadá, Japão, Coreia do Sul, Marrocos, Cingapura, Austrália e Nova Zelândia, que já assinaram o Acta.
    O espaço que se dá para projetos como o Sopa e Pipa só existe por conta do apoio que os países demonstram a esse tipo de repressão, segundo Wadhwa. "Temos de estar ativos na
    discussão e trazer à tona isso, achar um jeito de mostrar a eles que não é dessa forma que irá funcionar."
    De acordo com  Wadhwa, o governo americano está tentando controlar a privacidade dos usuários, além de querer impor a censura da produção e compartilhamento na rede. "Existe uma revolução acontecendo aqui, que envolve pessoas, tecnologia e motivação para protestar. Todos deveriam escolher como compartilham ou fazem as coisas na internet, sem cerceamento", disse. O sentimento de alguns usuários de internet, depois de o Sopa ser divulgado na mídia, é de receio de compartilhar, segundo Wadhwa.
    A proposta, que seria votada em 24 de janeiro, foi postergada pelo líder democrata do Senado norte-americano, Harry Reid, com a observação de que ela deveria rever sua abordagem de combate à pirataria. Lamar Smith, deputado republicano, disse ter abandonado o projeto até que haja acordo. No entanto, na mesma semana dos protestos, o site de compartilhamento de arquivos Megaupload foi fechado, e seus fundadores, presos. A operação foi feita pelo FBI (Federal Bureau of Investigation), por considerar que o site fazia parte de uma "organização delitiva", responsável por uma rede de pirataria mundial.
    O grupo de hacker Anonymous fez a retaliação, atacando sites governamentais.

    Apoio à causa

    O diretor do Wikimedia Fondation revelou que a próxima aposta será incluir crianças para o espaço colaborativo, com uma nova ferramenta chamada "Collabkit". Para ele, quanto mais cedo o individuo se incorporar às causas do que produz mais a rede terá chances de continuar livre no futuro. "Se você quiser começar a fazer o ciberativismo, faça. Também temos de ensinar as crianças sobre a importância disso desde cedo, porque elas também têm influência", disse.
    Wadhwa contou ter iniciado seu interesse pelo compartilhamento na rede logo enquanto ainda era calouro na universidade. Ele e seu colega de quarto filmavam suas rotinas e colocavam na web. "Algumas pessoas descobriram isso e fecharam o site. Hoje, comigo, não é muito diferente", afirmou o diretor, referindo-se às críticas sobre a manutenção de uma enciclopédia aberta e colaborativa. "Antes, o acesso à biblioteca era restrito, e o controle, na mão de poucos. O Wikipedia quebrou esse paradigma."
    O site conta atualmente com cerca de 700 mil artigos sobre diversos assuntos. Os brasileiros ainda são considerados passivos quanto à inserção de novos dados, com 2%. A média global é de 6%.

    ANONYMOUS IDEALIZA BOICOTE CONTRA PROJETOS ANTI-PIRATARIA


    O grupo que se guarda atrás da alcunha de “anônimos” resolveu agir também fora do meioonline para protestar contra os projetos de lei norte-americanos antipirataria. Desta vez não há invasão ou derrubada de site, a palavra é boicote.
    No blog do Anonymous foi postada a convocação para uma manifestação que acontecerá durante todo o mês de março – e, por isso, foi chamada de “Black March” (Março Negro, em tradução livre).
    Anonymous idealiza boicote contra projetos anti pirataria
    A proposta é que durante as quatro semanas que vão de quinta-feira, 1 de março, até sábado, dia 31, ninguém favoreça a indústria do entretenimento, que tem dado forte apoio a projetos como Sopa (Stop Online Piracy Act) e Pipa (Protect iP Act).
    “[É] a única maneira de atingi-los onde realmente dói”, diz o manifesto. “Suas margens de lucro.”
    “Não compre uma única gravação. Não baixe um único som, legalmente ou ilegalmente. Não vá ver um único filme nos cinemas, ou baixar uma cópia. Não compre um DVD nas lojas. Não compre um videogame. Não compre um único livro ou revista”, incita o texto.
    De acordo com eles, segurando as vendas durante esse período, os manifestantes abrirão um “buraco” nos lucros que essas empresas recolherão no primeiro trimestre do ano.

    Texto: techlider